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Ambição mortal
Última Hora , 12 of Marzo of 1951
Mais uma vez, com a apresentação desta nova película, confirma-se a falta absoluta de bons argumentos cinematográficos.
Ansiosos por fugir aos temas simples, temendo o lugar-comum, os diretores menores de Hollywood procuram enveredar por caminhos que raramente levam a um bom resultado, como no caso de Ambição mortal, um filme completamente inverossímil.
A idéia de que possa haver no mundo dois seres tão absolutamente idênticos, que não são ligados por qualquer parentesco, com mesma voz, altura, cor de cabelo, os mesmos olhos, etc., é totalmente ridícula. E mesmo que houvesse tal fenômeno, dificilmente se enganariam os parentes mais próximos, e muito menos a esposa do fenômeno em questão.
Pois muito bem. Não contente de querer nos impingir uma "raridade" dessas, a história joga o nosso querido sósia no filme exatamente no momento em que o vilão da fita anda à procura de um gêmeo para a sua vítima! É um pouco forte.
Richard Bore, o diretor da fita, merece louvores discretos. Soube tirar partido das situações dramáticas, e consegue manter um clima de "suspense" e interesse do princípio ao fim. E Kent Smith, que é um artista pobre mas sóbrio, desempenha com correção o seu papel. Quanto à Viveca Lindfords, se bem que bonita, está completamente inexpressiva, adotando o mesmo tom de sua compatriota miss Ingrid Bergman. Janis Paige é uma morena enorme que só faz passear pelo filme (até a metade, bem entendido) com a sua cara esfingética, até ser convenientemente assassinada pelo vilão Robert Douglas, cujo trabalho está piorando a cada dia.
O castelo onde se desenrola o filme é em grande estilo, lembrando a casa de Rebeca, pois também se ergue sobre um penhasco, o que muito facilita a tarefa do bandido de fazer desaparecer suas vítimas jogando-as lá do alto dentro do mar.
Em suma, se quiserem passar hora e meia de "suspense", se não forem exigentes demais (meu caso) ou muito sofisticados demais (como alguns jovens amigos meus), vão ver Ambição mortal. Ah, esses títulos em português.
Ansiosos por fugir aos temas simples, temendo o lugar-comum, os diretores menores de Hollywood procuram enveredar por caminhos que raramente levam a um bom resultado, como no caso de Ambição mortal, um filme completamente inverossímil.
A idéia de que possa haver no mundo dois seres tão absolutamente idênticos, que não são ligados por qualquer parentesco, com mesma voz, altura, cor de cabelo, os mesmos olhos, etc., é totalmente ridícula. E mesmo que houvesse tal fenômeno, dificilmente se enganariam os parentes mais próximos, e muito menos a esposa do fenômeno em questão.
Pois muito bem. Não contente de querer nos impingir uma "raridade" dessas, a história joga o nosso querido sósia no filme exatamente no momento em que o vilão da fita anda à procura de um gêmeo para a sua vítima! É um pouco forte.
Richard Bore, o diretor da fita, merece louvores discretos. Soube tirar partido das situações dramáticas, e consegue manter um clima de "suspense" e interesse do princípio ao fim. E Kent Smith, que é um artista pobre mas sóbrio, desempenha com correção o seu papel. Quanto à Viveca Lindfords, se bem que bonita, está completamente inexpressiva, adotando o mesmo tom de sua compatriota miss Ingrid Bergman. Janis Paige é uma morena enorme que só faz passear pelo filme (até a metade, bem entendido) com a sua cara esfingética, até ser convenientemente assassinada pelo vilão Robert Douglas, cujo trabalho está piorando a cada dia.
O castelo onde se desenrola o filme é em grande estilo, lembrando a casa de Rebeca, pois também se ergue sobre um penhasco, o que muito facilita a tarefa do bandido de fazer desaparecer suas vítimas jogando-as lá do alto dentro do mar.
Em suma, se quiserem passar hora e meia de "suspense", se não forem exigentes demais (meu caso) ou muito sofisticados demais (como alguns jovens amigos meus), vão ver Ambição mortal. Ah, esses títulos em português.