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Poema de Ano-Novo

Rio de Janeiro , 2004

É preciso que nos encontremos diante do amor como as árvores fêmeas cuja raiz é a mesma e se perde na terra profana 
É preciso... a tristeza está no fundo de todos os sentimentos como a lágrima no fundo de todos os olhos 
Sejamos graves e prodigiosos, ó minha amada, e sejamos também irmãos e amigos. 
É preciso que levemos diante de nós o retrato das nossas almas como se fôssemos a um tempo a Verônica e o Crucificado 
Eu sou o eterno homem e hoje que a dor fecunda o tempo eu sinto mais que nunca a vontade de fechar os braços sobre a minha miséria. 
Fiquemos como duas crianças pensativas sentadas numa escada - todos serão os peregrinos e apenas nós os contemplados.