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Himeneu

Rio de Janeiro , 2004

Na cama, onde a aurora deixa 
Seu mais suave palor 
Dorme ninando uma gueixa 
A dona do meu amor. 

De pijama aberto, flui 
Um seio redondo e escuro 
Que como, lasso, possui 
O segredo de ser puro. 

E de uma colcha, uma coxa 
Morena, na sombra frouxa 
Irrompe, em repouso morno 

Enquanto eu, desperto, a vê-la 
Mesmo sendo o homem dela 
Me morro de dor-de-corno.