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Os onze grandes da arte de interpretar
Última Hora , 24 de Dezembro de1951
O timezinho de diretores que formei aqui há duas semanas, a pedido de uma amiga minha fã de futebol, fez com que outra me pedisse o mesmo com grandes atores. Como a mania de times anda forte, com a inabalável popularidade do esporte do ludopédia (como querem os puristas), e eu às segundas-feiras, posso me permitir fazer uma gracinha ou outra, aqui vai, salvo melhor juízo, o meu time de atores de cinema, para mim os melhores de todos os tempos:
Chaplin
John Barrymore - Harry Baur
Werner Krauss - Emil Jannings - Fritz Kõrtner
Raimu - Orson Welles - Cherkassov - Olivier - Walter Huston
Muitos desses o fã mais jovem desconhece por completo. Alguns estão mortos, como Barrymore, Baur, se não me engano Krauss e Jannings, Raimu e Walter Huston. Há aliás, nesse time, uma reserva forte a considerar, da qual muitos dos componentes poderiam substituir, e às vezes com vantagem, a turma efetiva. Por exemplo: Ralph Richardson, o grande ator inglês; Cantinflas, o esplêndido cômico mexicano, um velho ator de quem ninguém mais se lembra, mas que era esplêndido quando dos tempos mudos; Richard Barthelmess; Eric Von Stroheim, que a par de ser um dos maiores diretores de cinema, foi, quando se dirigia a si próprio, um ator da melhor categoria; John Gilbert, já falecido, que sem chegar à classe dos acima citados, teve excelentes interpretações, sobretudo durante a fase da paixão por Greta Garbo; e uns poucos mais, de menor porte.
Estou certo de que os da nova geração vão franzir os lábios ao ver o nome de muitas dessas velharias. Mas eu lhes diria: há que vê-los antes de lançar na arena os nomes de Montgomery Clift, Marlon Brando, Richard Widmark e outros frutos novos do moderno cinema. Pois se eles os vissem, garanto que seria uma barbada.
Chaplin
John Barrymore - Harry Baur
Werner Krauss - Emil Jannings - Fritz Kõrtner
Raimu - Orson Welles - Cherkassov - Olivier - Walter Huston
Muitos desses o fã mais jovem desconhece por completo. Alguns estão mortos, como Barrymore, Baur, se não me engano Krauss e Jannings, Raimu e Walter Huston. Há aliás, nesse time, uma reserva forte a considerar, da qual muitos dos componentes poderiam substituir, e às vezes com vantagem, a turma efetiva. Por exemplo: Ralph Richardson, o grande ator inglês; Cantinflas, o esplêndido cômico mexicano, um velho ator de quem ninguém mais se lembra, mas que era esplêndido quando dos tempos mudos; Richard Barthelmess; Eric Von Stroheim, que a par de ser um dos maiores diretores de cinema, foi, quando se dirigia a si próprio, um ator da melhor categoria; John Gilbert, já falecido, que sem chegar à classe dos acima citados, teve excelentes interpretações, sobretudo durante a fase da paixão por Greta Garbo; e uns poucos mais, de menor porte.
Estou certo de que os da nova geração vão franzir os lábios ao ver o nome de muitas dessas velharias. Mas eu lhes diria: há que vê-los antes de lançar na arena os nomes de Montgomery Clift, Marlon Brando, Richard Widmark e outros frutos novos do moderno cinema. Pois se eles os vissem, garanto que seria uma barbada.