Elegia lírica
Itatiaia-RJ , 1943
Um dia, tendo ouvido bruscamente o apelo da amiga desconhecida Pus-me a descer contente pela estrada branca do sul E em vão eram tristes os rios e torvas as águas Nos...
Madrigal
Rio de Janeiro , 2004
Nem os ruídos do mar, nem os do céu, nem as modulações frescas Da campina; nem os ermos da noite sussurrando sossegos na sombra, nem os cantos votivos da morte, nem as...
Medo de amar
Rio de Janeiro , 2004
Petrópolis O céu está parado, não conta nenhum segredo A estrada está parada, não leva a nenhum lugar A areia do tempo escorre de entre meus...
Mensagem à poesia
rio de Janeiro , 1954
Não posso Não é possível Digam-lhe que é totalmente impossível Agora não pode ser É impossível Não posso. Digam-lhe que...
Meu coração se perde de carinho...
Rio de Janeiro , 2004
Meu coração se perde de carinho Por ti, ó pássaro oculto na noite! Tua voz pressaga é também uma elegia Sem mistérío; a...
Meu coração se perde de carinho...
Rio de Janeiro , 2004
Meu coração se perde de carinho Por ti, ó pássaro oculto na noite! Tua voz pressaga é também uma elegia Sem mistérío; a...
O camelô do amor
Rio de Janeiro , 2004
Los Angeles O Amor tonifica o cabelo das mulheres Torna-o vivo e dá-lhe um brilho natural. Ondulações permanentes? só das do amor. Amai! Nada melhor...
O dia da criação
Rio de Janeiro , 1946
Macho e fêmea os criou. Bíblia: Gênese, 1, 27 I Hoje é sábado, amanhã é domingo A vida vem em ondas, como o...
O falso mendigo
Rio de Janeiro , 1938
Minha mãe, manda comprar um quilo de papel almaço na venda Quero fazer uma poesia. Diz a Amélia para preparar um refresco bem gelado E me trazer muito devagarinho....
O mergulhador
Rio de Janeiro , 1959
E il naufragar m'è dolce in questo mare Leopardi Como, dentro do mar, libérrimos, os polvos No líquido luar tateiam a coisa a vir Assim, dentro...
O nascimento do homem
Rio de Janeiro , 1935
I E uma vez, quando ajoelhados assistíamos à dança nua das auroras Surgiu do céu parado como uma visão de alta serenidade Uma branca mulher de cujo sexo a luz...
O olhar para trás
Rio de Janeiro , 1935
Nem surgisse um olhar de piedade ou de amor Nem houvesse uma branca mão que apaziguasse minha fronte palpitante... Eu estaria sempre como um círio queimando para o céu a minha...
O poeta
Rio de Janeiro , 1933
A vida do poeta tem um ritmo diferente É um contínuo de dor angustiante. O poeta é o destinado do sofrimento Do sofrimento que lhe clareia a visão de beleza E a sua...
O poeta na madrugada
Rio de Janeiro , 1933
Quando o poeta chegou à cidade A aurora vinha clareando o céu distante E as primeiras mulheres passavam levando cântaros cheios. Os olhos do poeta tinham as claridades da aurora...
Pescador
Rio de Janeiro , 1946
Pescador, onde vais pescar esta noitada: Nas Pedras Brancas ou na ponte da praia do Barão? Está tão perto que eu não te vejo pescador, apenas ...
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