Balada das meninas de bicicleta
Rio de Janeiro , 1946
Meninas de bicicleta Que fagueiras pedalais Quero ser vosso poeta! Ó transitórias estátuas Esfuziantes de azul Louras com peles mulatas ...
Balada de Pedro Nava
Rio de Janeiro , 1946
(O anjo e o túmulo) I Meu amigo Pedro Nava Em que navio embarcou: A bordo do Westphalia Ou a bordo do Lidador? Em que...
Balada do cavalão
Rio de Janeiro , 1946
A tarde morre bem tarde No morro do Cavalão... Tem um poder de sossego. Dentro do meu coração Quanto sangue derramado! Balança, rede,...
Canção
Rio de Janeiro , 1946
Não leves nunca de mim A filha que tu me deste A doce, úmida, tranqüila Filhinha que tu me deste Deixe-a, que bem me persiga Seu balbucio...
Cartão-postal
Rio de Janeiro , 2004
v avião v v R IO Rio lua DEJA ...
Contemplações do poeta ao cair da noite
Rio de Janeiro , 1962
Ainda há pouco, a reler a página admirável de frei Luís de Sousa, cujo título, possivelmente dado pelos antologistas Álvaro Lins e Aurélio Buarque de...
Copacabana
Los Angeles , 1948
Esta é Copacabana, ampla laguna Curva e horizonte, arco de amor vibrando Suas flechas de luz contra o infinito. Aqui meus olhos desnudaram estrelas Aqui meus...
Crepúsculo em New York
Rio de Janeiro , 1954
Com um gesto fulgurante o Arcanjo Gabriel Abre de par em par o pórtico do poente Sobre New York. A gigantesca espada de ouro A faiscar simetria, ei-lo que monta guarda A Heavens,...
De noite para proclamar-se minha escrava...
Rio de Janeiro , 2004
De noite para proclamar-se minha escrava E antes mesmo de tê-la, tendo-a na boca presa Era o jovem que fui, semeador de beleza Que voltava do mar a dizer, triunfal ...
Desert Hot Springs
Rio de Janeiro , 1954
Na piscina pública de Desert Hot Springs O homem, meu heroico semelhante Arrasta pelo ladrilho deformidades insolúveis. Nesta, como em outras lutas Sua grandeza reveste-se de uma...
Elegia ao primeiro amigo
Rio de Janeiro , 1943
Seguramente não sou eu Ou antes: não é o ser que eu sou, sem finalidade e sem história. É antes uma vontade indizível de te falar docemente De te lembrar...
Elegia desesperada
Oxford , 1943
Alguém que me falasse do mistério do Amor Na sombra — alguém; alguém que me mentisse Em sorrisos, enquanto morriam os rios, enquanto morriam As aves do céu!...
Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, poeta e Cidadão
rio de Janeiro , 1954
A morte chegou pelo interurbano em longas espirais metálicas. Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe, viúva. De repente não tinha pai. No escuro de minha casa em Los...
Epitalâmio
2013
Esta manhã a casa madruguei. Havia elfos alados nos gelados Raios de sol da sala quando entrei. Sentada na cadeira de balanço Resplendente, uma fada balançava-se Numa...
Esta manhã a casa madruguei...
Rio de Janeiro , 2004
Esta manhã a casa madruguei. Havia elfos alados nos gelados Raios de sol da sala quando entrei. Sentada na cadeira de balanço Resplendente, uma fada...