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VINICIUS CANTA “NOSSA FILHA GABRIELA”
Polydor, 1972
Direção e produção: Cayon J. Gadia
Cola de reproducción letra/canción
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1 - Sei lá... a vida tem sempre razão (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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2 - Amor em solidão (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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3 - Ele e ela (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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4 - Modinha nº1 (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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5 - O céu é o meu chão (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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6 - La Casa (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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7 - A Casa (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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8 - Valsa para uma menininha (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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9 - A Rosa desfolhada (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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10 - O Pato (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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11 - Modinha (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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12 - O céu é o meu chão 2 (“NOSSA FILHA GABRIELA”)
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Sei lá... a vida tem sempre razão
Vinicius de Moraes, Toquinho
Tem dias que eu fico
Pensando na vida
E sinceramente
Não vejo saída
Como é, por exemplo
Que dá pra entender
A gente mal nasce
Começa a morrer
Depois da chegada
Vem sempre a partida
Porque não há nada
Sem separação
Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Só sei que ela está com a razão
A gente nem sabe
Que males se apronta
Fazendo de conta
Fingindo esquecer
Que nada renasce
Antes que se acabe
E o sol que desponta
Tem que anoitecer
De nada adianta
Ficar-se de fora
A hora do sim
É um descuido do não
Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão
Tonga Editora Musical LTDA -
Amor em solidão
Vinicius de Moraes, Toquinho
Estrela que morreu
Ainda palpita em vão
A tua luz sou eu
Amando em solidão
Noturno mar sem Deus
Tu és na escuridão
Igual aos cantos meus
Uma desolação
Ah, se eu pudesse dizer-te
Que pela graça de ver-te
Já nem me importa ter que fingir
E a cada ruga que nasce
Tento esconder minha face
Na máscara que te faz sorrir
Porque este amor demais
Que nunca vai ter fim
Na morte que me traz
É a vida para mim
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Ele e ela
Vinicius de Moraes, Toquinho
Instrumental -
Modinha nº1
Vinicius de Moraes, Toquinho
Mulher, ouve o meu desespero,
É só teu meu inteiro amor.
Oh, vem, tem um gesto e perdoa
A demência do teu cantor.
Ai, como pode um pobre poeta escravo
Padecer o travo de um doesto injusto,
Só um dissabor.
Ai, como pode tanto amor vivido
Merecer o olvido, suportar o agravo
Do teu desamor.
Mulher, abre a tua janela,
Aqui vela o teu trovador
Que em pranto soluça
Os seus últimos cantos
Ao nosso amor.
Vem e debruça tua imagem linda
Sobre o triste poeta que soluça ainda
De não ver-te mais.
E abre o teu quarto aos passos meus, amantes,
Para como dantes, nossos delirantes
Beijos abismais. -
O céu é o meu chão
Vinicius de Moraes, Toquinho
Minha alma é triste
Como o chão deste cerrado
Que se estende desolado
Por mil léguas de silêncio e solidão
E aonde a mulher que tem meu sono acorrentado
Nem parece dar cuidado
À grande mágoa que me vai no coração
Amor, meu tormento
Meu céu e meu chão
Aonde só se ouve o vento
Gemer de paixão
Amor, minha mágoa
Que nada desfaz
Este pranto sem água
Este canto sem paz
Ah, se ela enfim
Sentisse nela de repente
Que ela cala mas consente
Que ela sente que eu só quero os braços seus
E um dia assim como quem faz
Porque acontece num abraço
Ela me desse a esperança
De poder dizer-lhe adeus
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La Casa
Vinicius de Moraes, Sérgio Endrigo, Sergio Bardotti
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque a casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero.
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A casa
Vinicius de Moraes, Sérgio Endrigo, Sergio Bardotti
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos Bobos
Número zero
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Valsa para uma menininha
Vinicius de Moraes, Toquinho
Menininha do meu coração
Eu só quero você a três palmos do chão.
Menininha não cresça mais não,
Fique pequenininha na minha canção.
Senhorinha levada, batendo palminha,
Fingindo assustada do bicho-papão.
Menininha, que graça é você,
Uma coisinha assim, começando a viver.
Fique assim, meu amor, sem crescer,
Porque o mundo é ruim, é ruim, e você
Vai sofrer de repente uma desilusão
Porque a vida somente é seu bicho-papão.
Fique assim, fique assim, sempre assim
E se lembre de mim pelas coisas que eu dei.
E também não se esqueça de mim
Quando você souber, enfim,
De tudo que eu guardei. -
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O pato
Vinicius de Moraes, Toquinho, Paulo Soledade
Lá vem o Pato
Pata aqui, pata acolá
Lá vem o Pato
Para ver o que é que há.
O Pato pateta
Pintou o caneco
Surrou a galinha
Bateu no marreco
Pulou do poleiro
No pé do cavalo
Levou um coice
Criou um galo
Comeu um pedaço
De jenipapo
Ficou engasgado
Com dor no papo
Caiu no poço
Quebrou a tigela
Tantas fez o moço
Que foi pra panela.
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Modinha
Vinicius de Moraes, Toquinho
Mulher, ouve o meu desespero,
É só teu meu inteiro amor.
Oh, vem, tem um gesto e perdoa
A demência do teu cantor.
Ai, como pode um pobre poeta escravo
Padecer o travo de um doesto injusto,
Só um dissabor.
Ai, como pode tanto amor vivido
Merecer o olvido, suportar o agravo
Do teu desamor.
Mulher, abre a tua janela,
Aqui vela o teu trovador
Que em pranto soluça
Os seus últimos cantos
Ao nosso amor.
Vem e debruça tua imagem linda
Sobre o triste poeta que soluça ainda
De não ver-te mais.
E abre o teu quarto aos passos meus, amantes,
Para como dantes, nossos delirantes
Beijos abismais. -
O céu é o meu chão
Vinicius de Moraes, Toquinho
Minha alma é triste
Como o chão deste cerrado
Que se estende desolado
Por mil léguas de silêncio e solidão
E aonde a mulher que tem meu sono acorrentado
Nem parece dar cuidado
À grande mágoa que me vai no coração
Amor, meu tormento
Meu céu e meu chão
Aonde só se ouve o vento
Gemer de paixão
Amor, minha mágoa
Que nada desfaz
Este pranto sem água
Este canto sem paz
Ah, se ela enfim
Sentisse nela de repente
Que ela cala mas consente
Que ela sente que eu só quero os braços seus
E um dia assim como quem faz
Porque acontece num abraço
Ela me desse a esperança
De poder dizer-lhe adeus
Tonga Editora Musical LTDA